07/12/2007

Bandidos II - a resposta

Segurança da Ribeira diz que vai falar à PJ


António Soares e Vitor Pinto Basto

"Não me sinto seguro. Andam a falar que eu sou suspeito e sei lá se me vão matar", afirmou, ontem Bruno Pinto, 30 anos, conhecido por "Bruno Pidá", que negou estar relacionado com o homicídio do segurança Ilídio Correia, 33 anos, na madrugada de 29 de Novembro último, em Miragaia, no Porto.

Bruno deverá apresentar-se durante a próxima semana na Polícia Judiciária do Porto para contar tudo o que sabe sobre o caso e sobre a guerra que diz existir na noite do Porto, soube o JN junto de fonte próxima do segurança.

Entrevistado no Jornal Nacional da TVI, Bruno Pidá, que diz trabalhar há dez anos como segurança num shopping da cidade, confirma que há um clima de ajuste de contas na noite portuense por causa do "dinheiro".

"Alguém tem que fazer alguma coisa para parar isto", afirma. "Eu não vou pagar por coisas que estão a acontecer na cidade. A Polícia, se calhar, tem mãos para saber e não quer. Se calhar, empurram para cima de uma pessoa só e isso não pode ser assim. Eu só andei à porrada com o Natalino [irmão de Ilídio, segurança assassinado], mais nada".

"A Polícia Judiciária sabe muito bem que a noite do Porto está assim", afirmou Bruno Pidá. " Por causa de dinheiro, de haver uns que trabalham para empresários e quererem umas casas e outros outras, o clima está assim. E só peço que me tirem do meio disto. Eu trabalho", acrescentou. "A Polícia que investigue. Estou de baixa há 15 dias, em casa, e não me sinto seguro". Bruno Pidá reclama protecção à PJ. "Os criminosos andam em paz e eu pergunto o que vou fazer?"

Exaltado referiu, ainda, que os seus problemas com o segurança assassinado e sua família começaram há cerca de três meses, quando andou à pancada com um dos irmãos. Há duas semanas voltaram a lutar e, assumiu, "surgiram as ameaças".

"Tudo começou aí. Depois disso, o Natalino foi dizer aos irmãos que eu é que me virei a ele, o que é mentira. Eu, simplesmente, estava a acalmar as coisas, mas depois eles foram atrás de mim. A partir daí, nunca mais tive a minha vida descansada. Andaram sempre atrás de mim, em grupo de oito a nove pessoas. Chegaram a ir ao meu local de trabalho e eu tive de me refugiar".

Relativamente à acusação de fazer parte do gangue da Ribeira, Bruno Pidá diz que nunca pertenceu a um gangue. "A única coisa que me pode ligar a um gangue foi ter participado num vídeo que uma pessoa da organização me pediu para fazer. O carro, em que apareço nem é meu, é do Fernando Madureira [líder da claque Superdragões], a quem pedi emprestado por uma hora/hora e meia".

in JN

1 comentário:

Anónimo disse...

So nao percebo porque separam o apito dourado do crime organizado e das mafias da cidade do porto ja que está tudo relacionado...
A raiz do mal,os 2 homems que fornecem os meios,o $,as armas e ate a droga,e que usaram o futebol como recrutamento atraves da sua claque para por sua vez recrutar mafias para por sua vez recrutar as firmas de seguranças...
Mas nada de suprendente ja que esses 2 homens tb vieram do mundo do boxe e das boates.
Depois andam a pedir sacrificios ao povo portugues a nivel de impostos,depois julgam cidadaos e castigam nos por meras multas de transito quando os famosos mafiosos puseram a cidade do porto um caos com ajuda de alguns pj corruptos e alguns presidentes da camera bem ao estilo das mafias sicilianas....
Por todas as pessoas vitimas desses crimes,por todos os jornalistas que sentiram na pele esse sistema complexo de mafia nortenha,por todos os portugueses que se pagam impostos com muito custo,por todos os policias com honra,por todos os nossos filhos e a sua respectiva segurança,por todos os valores morais e eticos que uma pessoa se deve regir,por todas as pessoas que foram incriminadas,espancadas,roubadas,mortas por esse sistema de mafia nortenha,por todos os adeptos de futebol que pagaram bilhetes para verem resultados alterados,por todos,por todos que amam o seu país,por todos os que amam o futebol,chegou a altura de FALARMOS E AGIRMOS para um dia quando desta vida partirmos termos a consciencia que FIZEMOS ALGO para tornar as coisas melhores.